01 janeiro 2011

Dona Abastança

O Moedinhas mandou-me este poema...gosto, por isso o ponho aqui!

«A caridade é amor»
Proclama dona Abastança
Esposa do comendador
Senhor da alta finança.

Família necessitada
A boa senhora acode
Pouco a uns a outros nada
«Dar a todos não se pode.»

Já se deixa ver
Que não pode ser
Quem
O que tem
Dá a pedir vem.

O bem da bolsa lhes sai
E sai caro fazer o bem
Ela dá ele subtrai
Fazem como lhes convém
Ela aos pobres dá uns cobres
Ele incansável lá vai
Com o que tira a quem não tem
Fazendo mais e mais pobres.

Já se deixa ver
Que não pode ser
Dar
Sem ter
E ter sem tirar.

Todo o que milhões furtou
Sempre ao bem-fazer foi dado
Pouco custa a quem roubou
Dar pouco a quem foi roubado.

Oh engano sempre novo
De tão estranha caridade
Feita com dinheiro do povo
Ao povo desta cidade.

Manuel da Fonseca

1 comentário:

Joaquim Moedas Duarte disse...

Olá, Xandrinha!
Que bom uso fazes às partilhas dos amigos!

Eh! Eh!

Coragem para o 2º Período!

Bjnhs

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Cansaço....

 ...tou cansada de tudo.....apetecia-me fugir DE TUDO! Não vale a pena contar... só mesmo indo ao psiquiatra!!!!