24 abril 2010

SIMPLESMENTE BRILHANTE!

Redacção feita por uma aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa.


Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.

Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.

O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.

De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.

Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.

Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.

Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.

Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.

Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.

Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.

Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.

Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

Nisto a porta abriu-se repentinamente.

Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.

Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.

Que loucura, meu Deus!

Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.

Só que, as condições eram estas:

Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

Fernanda Braga da Cruz

22 abril 2010

FALTA DE HISTÓRIAS?

Não tenho escrito nada neste blog...o culpado é o facebook e as páginas de fãs criadas!!! Bem, aquilo é mesmo um mundo, meu deus!!
Nós os grandes, passávamos a vida a criticar os pikenos porque eles passavam a vida no hi5...agora não há cãozinho nem gatuxo com mais de .....35 anos...loool...que não tenha conta no facebook!
E vêm-se coisas muito interessantes!!! Mas também se vêm coisas muito fracas...aquele Farmville é um atentado à inteligência...ai coitadinhas!
E os blogs vão perdendo audiências...porque está tudo escarrapachado no facebook!
Tadinho do meu bloguinho...fez dois aninhos em janeiro!!! E eu não queria deixar de falar com ele!
E Às vezes tenho taaaaaaaaaaaaaaaanta coisa para contar...umas boas, outras más, umas péssimas, outras óptimas...só que o problema é sempre o mesmo: vimos para aqui contar a vida, ou para qualquer outra rede social e, como isto é uma aldeia grande, fica tudo a saber tudo acerca de nós e...adeus "prioridade"!!!
Paciência, né?
então ficamos assim, foi só um cheirinho!!!
Daqui a uns tempos coloco aqui umas conversas retiradas do chat do google-talk...aliás, o melhor seria enviar essas conversas para uma editora e publicar a 1ª enciclopédia luso-neteira do mundo!!!!
Tahcau migos!!!
Ficai bem, qu´eu também fico!!

VAMOS PARTICIPAR?

18 abril 2010

EPADRC - ALCOBAÇA

FELIZES DOS QUE POR CÁ PASSAM! GENTE DE TRABALHO E QUE VAI FAZER PARTE DA VERDADEIRA MÃO DE OBRA DESTE PAÍS!!!

10 abril 2010

MENS SANA IN CORPORE SANO



E A SEGUIR SUBIU-SE A SERRA, EM BICOS DOS PÉS, E DESCEU-SE EM PRANCHA DE BODYBOARD!
O próximo workshop será no dia 19 de abril!
Aceitam-se desde já pré-inscrições para o evento. 180 € cada pessoa, com iva incluido.
Material necessário para o dia: botas de montanha, vestidos leves, camisolas com carapuço, garrafões de água, sandes de coiratos e vinho tinto.

Esperamos por vós!

Publicação em destaque

Cansaço....

 ...tou cansada de tudo.....apetecia-me fugir DE TUDO! Não vale a pena contar... só mesmo indo ao psiquiatra!!!!